O setor imobiliário, segundo Fernando Bruno Crestani, está vivenciando uma transformação silenciosa, porém impactante, com o crescimento expressivo dos imóveis autossuficientes em energia. Essa tendência, que alia sustentabilidade, economia e inovação, vem ganhando força em diversos projetos residenciais e comerciais no Brasil. Essa mudança reflete não apenas um avanço tecnológico, mas também uma resposta às novas demandas ambientais e econômicas da sociedade contemporânea.
O que caracteriza imóvei autossuficientes em energia?
Imóveis autossuficientes são aqueles que produzem sua própria energia por meio de fontes renováveis, geralmente a solar, e que, com sistemas integrados de gestão, conseguem reduzir ao máximo a dependência da rede elétrica tradicional. Alguns empreendimentos chegam a gerar excedentes, que podem ser compensados na fatura ou compartilhados com outros imóveis.
Conforme explica Fernando Bruno Crestani, essa autossuficiência é possível graças à combinação de tecnologias como placas fotovoltaicas, baterias de armazenamento, sistemas inteligentes de monitoramento de consumo e até arquitetura bioclimática, que favorece a iluminação e ventilação natural, reduzindo a necessidade de climatização artificial.
Por que a autossuficiência energética está em alta?
Vários fatores impulsionam essa tendência. Em primeiro lugar, o aumento do custo da energia elétrica tem feito muitos consumidores repensarem seus gastos fixos. Ao mesmo tempo, a conscientização ambiental sobre os impactos das emissões de carbono tem levado investidores e moradores a optarem por soluções mais sustentáveis.
De acordo com Fernando Bruno Crestani, a busca por empreendimentos que agreguem valor no longo prazo é outro estímulo importante. Imóveis com geração própria de energia são vistos como ativos mais resilientes, com menor custo operacional e maior potencial de valorização em um cenário futuro onde a sustentabilidade será ainda mais exigida.
O papel da legislação e dos incentivos governamentais
A regulamentação brasileira, especialmente após a sanção do Marco Legal da Geração Distribuída, criou um ambiente mais seguro e atrativo para a instalação de sistemas fotovoltaicos. Além disso, programas de financiamento específicos e a possibilidade de amortização dos custos com a economia na conta de luz têm facilitado a adesão tanto por parte de incorporadoras quanto de consumidores finais.
Fernando Bruno Crestani destaca que, embora o investimento inicial ainda possa ser um entrave para alguns, o retorno a médio e longo prazo, somado aos benefícios ambientais, torna a opção viável e estratégica para quem deseja inovar no setor.

Impactos no mercado e nos padrões de consumo
A ascensão dos imóveis autossuficientes representa uma mudança significativa na forma como o mercado enxerga o consumo energético. Incorporadoras estão adaptando seus projetos para incluir soluções de geração e gestão energética desde a concepção do empreendimento, tornando esse diferencial um atrativo decisivo para compradores e investidores.
Assim como indica Fernando Bruno Crestani, há um novo perfil de consumidor emergente: mais consciente, mais exigente e disposto a pagar por soluções que tragam benefícios reais para o planeta e para o bolso. Isso tem pressionado o mercado a acelerar a adoção dessas tecnologias, que antes eram vistas como diferenciais e hoje começam a ser encaradas como padrão.
A tendência como novo padrão de mercado
O avanço da tecnologia, a queda nos custos dos sistemas fotovoltaicos e a urgência das pautas climáticas sinalizam que os imóveis autossuficientes em energia não são apenas uma tendência passageira. Eles se consolidam como um novo paradigma no setor imobiliário.
Fernando Bruno Crestani frisa que esse movimento não se limita às grandes capitais ou empreendimentos de alto padrão. Projetos populares e conjuntos habitacionais também estão sendo desenhados com foco na autossuficiência energética, demonstrando que essa inovação é escalável e democrática.
Imóveis mais sustentáveis, moradores mais conscientes
A autossuficiência energética representa um avanço relevante para o setor imobiliário, capaz de gerar impactos positivos tanto ambientais quanto econômicos. Mais do que uma vantagem competitiva, ela passa a ser um compromisso com um futuro urbano mais inteligente, resiliente e sustentável.
Ao integrar energia limpa, inovação tecnológica e redução de custos, esses imóveis contribuem para cidades mais eficientes e cidadãos mais engajados. E, como bem aponta Fernando Bruno Crestani, quem entender essa dinâmica desde já estará preparado para liderar o mercado nos próximos anos.
Autor: Yevgeny Mikhailovich