O Brasil é um país privilegiado quando o assunto é criação de cavalos, como expõe o empresário e fundador Aldo Vendramin. Entre as raças mais admiradas, duas se destacam por sua funcionalidade, temperamento e beleza: o cavalo crioulo e o mangalarga marchador. Embora ambos sejam símbolos da cultura equestre nacional, suas características são distintas, e conhecer essas diferenças ajuda criadores e cavaleiros a fazer escolhas mais acertadas.
Neste artigo vamos te ajudar a entender o que cada raça oferece: o crioulo é força e resistência, o marchador é leveza e conforto, e qual seria a ideal para você escolher.
Origens e identidades que moldaram duas tradições
O cavalo crioulo tem origem no sul da América do Sul, descendente dos cavalos ibéricos trazidos pelos colonizadores no século XVI. Adaptado ao frio, à escassez de alimento e ao terreno desafiador dos pampas, tornou-se símbolo de rusticidade e inteligência. É o cavalo do trabalho, da lida de campo e das provas funcionais.
Já o mangalarga marchador, originário de Minas Gerais, nasceu do cruzamento entre cavalos ibéricos e raças andaluzas, resultando em um animal elegante, dócil e de andamento confortável. Sua fama vem da marcha, um tipo de passada intermediária entre o passo e o trote, que oferece suavidade ao cavaleiro.

Como explica o senhor Aldo Vendramin, o crioulo representa a resistência dos campos gaúchos, e o marchador, o conforto das estradas mineiras. Ambos contam a história do Brasil a cavalo.
Estrutura física e movimentação
Fisicamente, o cavalo crioulo é compacto, musculoso e resistente. Mede entre 1,45m e 1,50m, com corpo robusto e musculatura firme, ideal para o esforço contínuo e o manejo de gado. Seu deslocamento é firme e equilibrado, com impulsão forte e passo curto, características que favorecem a agilidade no campo.
O mangalarga marchador, por outro lado, é mais esguio e refinado, medindo entre 1,50 e 1,60 m. Seu grande diferencial é a marcha, um movimento rítmico e cadenciado que proporciona conforto ao cavaleiro. Existem duas variações principais:
- Marcha batida, em que os cascos tocam o solo quase simultaneamente;
- Marcha picada, de passada mais suave e contínua, ideal para longas cavalgadas.
Enquanto o crioulo é potência e estabilidade, o marchador é fluidez e harmonia, como destaca o fundador Aldo Vendramin, são dois tipos de movimento diferentes, mas igualmente fascinantes. Um encanta pelo vigor; o outro, pela suavidade.
Temperamento e adaptabilidade
Ambas as raças têm temperamento dócil e disposição para o trabalho, mas cada uma se destaca em contextos específicos. O cavalo crioulo é atento, inteligente e de forte vínculo com o cavaleiro, uma característica valorizada em provas como o Freio de Ouro, o Crioulaço e o Rédeas de Ouro, onde a confiança entre cavalo e montador é determinante.
O mangalarga marchador é tranquilo, confiante e altamente sociável. Seu temperamento equilibrado o torna uma escolha popular para cavalgadas, passeios e equitação de lazer. É um cavalo que gosta de companhia e se adapta bem tanto ao campo quanto à cidade.
@aldovendramin
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Aldo Vendramin pontua que o crioulo se destaca pela força mental e pela resistência física, já o marchador, pela leveza e pela nobreza no comportamento. O crioulo encara desafios, o marchador convida à contemplação.
Uso ideal: esporte, lazer e trabalho
A escolha entre um crioulo e um marchador depende da finalidade. Para provas esportivas e manejo de gado, o cavalo crioulo é insuperável. Sua estrutura compacta e força muscular o tornam ideal para manobras rápidas, resistência em terrenos difíceis e desempenho técnico. Porém para cavalgadas, turismo e lazer, o mangalarga marchador é o favorito, graças ao conforto proporcionado pela marcha e ao temperamento calmo.
O crioulo é o cavalo do trabalhador e do competidor, o marchador, do cavaleiro que busca prazer e elegância. Juntos, representam duas formas de viver o campo: uma voltada ao esforço e superação, outra ao equilíbrio e à leveza, como menciona o empresário Aldo Vendramin.
Conforto e experiência do cavaleiro
Para quem passa horas montado, o conforto da sela faz toda a diferença. O mangalarga marchador leva vantagem nesse aspecto: sua marcha ritmada absorve melhor o impacto e permite longas cavalgadas sem fadiga.
Já o cavalo crioulo oferece firmeza e segurança, especialmente em terrenos irregulares ou durante o manejo de gado. Sua tração e equilíbrio dão ao cavaleiro uma sensação de controle absoluto, ideal para quem trabalha em campo aberto ou participa de competições técnicas.
Escolhendo a raça certa
A decisão entre crioulo e marchador deve considerar o perfil do cavaleiro.
- Se a prioridade é o trabalho, resistência e funcionalidade, o crioulo é a escolha natural.
- Se o objetivo é lazer, conforto e sociabilidade, o marchador atende melhor.
- E se o desejo é ter um companheiro de cavalgadas longas e confiável, ambos entregam o que é pedido, basta ajustar manejo e treinamento.
O cavalo crioulo e o mangalarga marchador representam duas expressões da equitação brasileira: força e suavidade, resistência e conforto, campo e estrada. Cada um à sua maneira, traduz o vínculo entre homem e cavalo, uma relação construída com confiança, respeito e tradição.
Como resume Aldo Vendramin, o crioulo é o cavalo que enfrenta a tempestade, o marchador, o que faz da jornada um prazer. E ambos nos lembram que o verdadeiro luxo é poder cavalgar em harmonia.
Autor: Yevgeny Mikhailovich